Meimendro negro (Hyoscyamus niger)
Regência |
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Divindade e Seres mágicos | Hekate | ||||||
Função | Amor, proteção, chuva |
Dados Botânicos
Quantidade de luz Sol pleno ou parcial Rega Regular Tipo de Terra Fértil, bem drenada Plantio Semeadura Doenças comuns Resistente a pragas e doenças
Quantidade de luz | Sol pleno ou parcial |
Rega | Regular |
Tipo de Terra | Fértil, bem drenada |
Plantio | Semeadura |
Doenças comuns | Resistente a pragas e doenças |
Dados botânicos:
Uma solanácea, encontrada no sul e centro da Europa, Ásia Ocidental, Índia e até Sibéria, sendo atualmente presente no Brasil e na América do Norte, por influência dos ingleses. Seu nome tem raízes no grego 'huos', porco e 'kuámos', feijão, e acredita-se que seja isto porque seu odor é tão desagradável quanto o dos porcos. É uma herbácea robusta que atinge de 40 até 100cm, apresenta folhas largas, alternas e dentadas de um verde pálido, flores amarelas com veios em tons de violeta, frutos com minúsculas sementes escuras e pelos pelo caule, folhas e cálices das flores. Floresce e germina em épocas mais quentes.
Usos medicinais e sintomas de intoxicação:
O envenenamento pelo meimendro causa boca seca, sede, dificuldade para engolir e falar, pupilas dilatadas, visão borrada, fotofobia, vômitos, retenção urinária, taquicardia, tontura, alucinações, podendo levar à morte. Também tem propriedades alucinógenas, analgésicas, narcóticas. Era ingrediente de uma esponja, publicada na obra Antidotarium, de Nicolas de Salerno, utilizada como anestésicos para cirurgias, onde ela era embebida em uma mistura de ópio, meimendro e outros ingredientes, que eram inalados pelo paciente para que entrasse em um estado comatoso durante o processo.
Bem conhecida desde a antiguidade, Dioscórides a recomendava para dores e para problemas com o sono. Extratos da planta em forma de supositórios são usados para tratar hemorróidas, pomadas das folhas são utilizadas para aliviar as dores causadas por câncer e outras úlceras. Alguns de seus constituintes químicos são a hiosciamina, a escopolamina e a atropina.
Histórico, mitos e magia
Dados folclóricos/superstições: Shakespeare a menciona em uma de suas histórias, quando Hamlet a utiliza para matar seu próprio pai. Os anglo-saxões também a conheciam: visto que as suas sementes lembravam vagamente uma mandíbula, era utilizada na antiguidade para problemas odontológicos. Eles acreditavam que todos os males eram causados por algum tipo de verme, não sendo diferente com as dores de dente. Aparece na Odisseia, quando Circe oferece alimentos a Homero e seus homens com extrato de meimendro misturado, causando-lhes alucinações e supostamente fazendo-os se comportarem como porcos, ao invés de se tornarem porcos em si. Na mitologia grega, também é dito que os mortos perambulariam pelo Hades coroados com esta planta, ao lado do rio Estige.
Os gregos a chamavam de Apollinaris também, e era considerada sagrada ao deus Apolo (atualmente crê-se que a planta era utilizada pelas sacerdotisas Pítias no oráculo de Delfos). Devido às suas propriedades alucinógenas, ela já foi utilizada em ritos xamânicos, e por feiticeiros da Idade Média para contatar espíritos e entidades astrais. Deveria ser colhida por um homem nu, na manhã bem cedo, em um pé só. Depois disso ela serviria para atrair o amor quando carregada. Queimada na frente de casa, atrairia chuva.
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