Pêndulos & Radiestesia

Um Breve histórico sobre Radiestesia.

Desde os tempos mais antigos vemos registros do uso dos Pêndulos ou forquilhas para encontrar lençóis d´água, metais preciosos ou até mesmo para  praticar a arte da adivinhação. Amarrar um barbante em uma pedra furada, ou até mesmo um prumo de pedreiro poderia ser usado para observar o seu movimento e assim obter respostas, sendo assim, ele se tornou um método simples e até muito preciso para se descobrir algo, dependendo é claro da habilidade do radiestesista.

Pinturas nas Cavernas de Tarsilli

Antes do termo radiestesia existir, é necessário falar de sua precursora a Rabdomancia.
Rabdomancia -do grego rhabdos, vara e o sufixo -manteia, adivinhação  ou seja, adivinhação por meio da vara.  A rabdomancia era usada na procura de fontes de água e jazidas metalíferas e, por volta de 1688, passou a ser usada na procura de criminosos. Acredita-se que a arte da Rabdmonacia surgiu com os Xamãs que necessitavam encontrar água para as suas tribos. Era uma arte ligada à sobrevivência, porém mais tarde observou-se uma elitização do método, que foi transmitido às classes religiosas mais estruturadas, assim ele pôde evoluir trazendo outras formas e outros aparelhos como o pêndulo que  passou a ser usado para descobrir metais preciosos, descobrir causas inexplicadas de doenças e para fazer a advinhação.

Os Registros mais antigos desse método foram ideogramas encontradas nas Cavernas de Tarsilli no sul da Argélia e datam de 6.000 a.C., onde mostravam seres humanos segurando forquilhas e galhos bifurcados, talvez a procura de água.

Outro dado interessante, alguns exploradores descobriram, imagens grosseiras nas cavernas dos Pirineus, provas de uma prática que permitia aos caçadores da época pré-histórica paralisar sua presa, para que em seguida eles pudessem captura-la. O que eles faziam? Simples, eles desenhavam a imagem do animal o qual eles desejavam capturar junto com a imagem de um homem estendendo a mão para ele. Mais tarde, eles realizavam rituais onde feriam os animais simbolicamente, para garantir o sucesso da caçada no outro dia. Podemos dizer que surgia ai a idéia de capturar a energia de algo e representar em um ritual. O que isso tem  a ver com pêndulos e radiestesia, tudo!! Já explico. Antes mais dados.

Vara de comando

Destes instrumentos, que citei acima, a varinha de comando seria provavelmente o instrumento mais antigo de adivinhação. Ela era usada para descobrir lençois freáticos e até mesmo descobrir a direção da caça. Em alguns registros antigos essa varinha de comando era utilizada para parar a presa, exercendo um certo domínio sobre ela, surgia aí um dos primeiros mitos transformando a varinha de comando em um objeto impregnado de poderes mágicos.

Seria ai talvez a primeira vez que se vê o uso de uma varinha mágica?? Não sei, é algo que agora me trouxe curiosidade, irei pesquisar!!

O mais legal é que essas varinhas possuíam desenhos de animais como se fossem símbolos, para controlar essas forças, sim, forças, pois para o homem pré-histórico a caça era uma força da natureza como outra qualquer pois dominava algum aspecto da sua sobrevivência. Alguma semelhança com as varinhas atuais???


Muitos autores exemplificam esse método de controlar alguma força da natureza citando a passagem bíblica onde Moisés utiliza o seu cajado para parar a água que jazia da pedra.

Todos que conhecem um pouco a história bíblica sabem que Moisés nada mais era do que um patriarca que foi utilizado pelo mundo espiritual para guiar o seu povo pelo deserto, ajudando-o a sobreviver. Nesse quesito posso comparar ai a função dele com a dos Xamãs que citei no início do texto.

O uso da rabdomancia se estendeu até o início do Século XX onde chegou a Igreja católica no sul da França. E foi lá que ela mudou o seu caráter oculto para ganhar estudos e outras formas de pesquisa, já que o clérigo percebeu que podia se utilizar desses métodos para procurar metais preciosos, curar doentes e outras proezas que fortaleceriam o poder da Igreja.

Todo esse histórico para mostrar que o uso de máquinas e equipamentos radiestésicos evoluiu desde o começo da humanidade, em um artigo posterior, eu me aprofundarei na arte da Radiestesia, mas adianto já, que de todos equipamentos usados nela, o  pêndulo e a varinha são até hoje os mais utilizados dado a sua precisão e sua versatilidade.

O Pêndulo

Quando eu era mais novo, a magia e o ocultismo não era algo tão exposto assim. E isso faz me lembrar de uma cena peculiar quando eu entrei em uma loja que vendia objetos esotéricos. Olhei para a loja e decidi pegar um Pêndulo e fazer algumas perguntas para testá-lo.
Enquanto eu prescrutava os segredos do universo do meu umbigo, observava atentamente a atendente da loja. Tão logo, ouvi uma indagação com um certo ar de temor: " Mas não é que esse troço mexe mesmo??", e continuando a inquisição, emendou com uma frase que eu nunca mais vou esquecer "Mas esse negócio aí, é um espírito que fala com você, não é?? Você tem pacto com demônio assim tão novo???". Apenas olhei, soltei uma risada como quem diz, "Pode ser que sim, pode ser que não, você nunca saberá!!"huahuhuhauha

Então como funciona o pêndulo?

Pêndulo é um objeto que possui um certo tipo de massa suspenso por um barbante de massa irrelevante ao total da massa do pêndulo+barbante(descrição de engenheiro essa, ah eu sou engenheiro, auhuahuahu), enfim pode ser uma pedra furada, uma ponta, um osso, um prumo de pedreiro. O pêndulo varia então sua forma, tamanho e massa afim de melhorar a qualidade da medição a qual é exposto.

Pêndulos egípcios encontrados nas escavações

Ele é um aparelho que usa a convenção mental e física e assim, o seu movimento é uma resultante de dois vetores gerados por esse tipo de captação. Um vetor é feito por movimentos sutis do operador e outro vetor é feito pela onda que é captada pelo pêndulo, gerando assim uma resultante.

O Pêndulo radiestésico é usado em geral para fazer leituras de gráficos utilizando um testemunho daquilo que estamos medindo. Existem muitos pêndulos usados na radiestesia, mas o mais famoso e mais preciso com certeza é o pêndulo Egípcio. Por que?

Primeiro, ele é feito de um material que não gera impregnação*, ele é feito de madeira e o seu peso é em chumbo (é conhecido da propriedade do chumbo que ele não permite que ondas o atravessem e nem que permaneça nenhum tipo de impregnação, lembram do Superman???). Mas o pêndulo não é algo pra medir uma onda?? Justo, porém se fosse feito de um material que absorvesse essas ondas em dado momento ele entraria em Fading**.

Segundo, a forma do Pêndulo egípcio consegue captar de duas a três ondas-de-forma daquilo que queremos medir, e isso faz com que não ocorra captação errada do raio testemunho***.

Terceiro, como um Pêndulo é um aparelho de convenção mental e física **** o pêndulo egípcio reforça a captação da onda, aumentando a qualidade da convenção física e a menor interferência da convenção mental, ou seja, a interferência do operador sobre o sistema diminui.

UAHUHAUHAUAHAHAHAH  eu estou rindo aqui imaginando a cara de vocês com todos os termos que eu disse. uhauha imagine se eu termino o artigo aqui, aiaia que medo de vocês, devem ter me amaldiçoado até falar chega. Por isso eu gosto de escrever uma introdução teórica antes de começar a falar das coisas. enfim.. Vou explicar.  A radiestesia é baseada  em alguns princípios e leis. São elas:

Raio Testemunho ou Raio de União

Esse seria o primeiro princípio que é a chave mestra da radiestesia. Todo o corpo emite um raio de união para outro corpo da mesma espécie. Este raio permite a detecção a distância, fazendo uso de testemunhos. Ele também significa que todas as coisas emitem uma ligação aos seus semelhantes e àquilo que contém sua vibração ou energia.

Exemplo I: eu posso utilizar um fio de cabelo, ou uma foto para medir a energia de uma pessoa, procurá-la ou enfeitiça-la (ahãããããa entenderam agora o porquê de todo feiticeiro querer um fio de cabelo para fazer amarração!!!!).

Exemplo II: eu posso usar um pedaço de ouro para procurar ouro em um mapa afim de saber se posso construir ali uma mina.

Fading 

Muito parecido com o que acontece com a recepção de rádio em ondas curtas nos dias de tempestades, em radiestesia existe fading quando as radiações se desvanecem e o pêndulo entra em inércia. 

O fading ocorre em função de alterações geomagnéticas, distúrbios radioelétricos, alterações atmosféricas, influências cósmicas e planetárias, correntes telúricas, sismos, etc. A causa do fading também pode estar no radiestesista e ser devida a doenças, alterações psicológicas ou fadiga. Quando isto acontece, a pesquisa deve ser suspensa e só reiniciada mais tarde ou em outro dia. 

##Importante:  quando isso acontece com frequência é de extrema relevância que o radiestesista faça algum tipo de diagnóstico em si mesmo, pois em geral um pêndulo que não se mexe é sinal que algo está errado com o operador do pêndulo.

Remanência

Quando algo permanece parado um tempo em um local sua energia é impregnada nesse local. A duração da remanência varia de acordo com a natureza do corpo e com o tempo em que este esteve presente no local. Trocando em miúdos, por exemplo: se uma pessoa está sentado em uma cadeira por um tempo, ela ficará impregnada com sua energia por um determinado tempo. 

A remanência pode atingir o terreno, objetos, plantas assim como o próprio radiestesista e seu pêndulo; neste caso específico, ela leva a designação de impregnação. A remanência mais forte é a dos metais, depois a das matérias orgânicas e das rochas. A matéria trabalhada produz uma maior remanência que a matéria bruta.

Em geral a remanência dura um tempo igual àquele em que o objeto que a criou permaneceu no local.

Para se saber se uma determinada radiação é real ou remanente usa-se a técnica de René Lacroix à I'Henry. Coloca-se uma folha de papel branco entre o pêndulo e o testemunho; se o pêndulo fica imóvel, a radiação é remanente; se girar, provém de algo presente no local. 

Os diversos métodos para eliminar a remanência não são totalmente eficazes e variam conforme o objeto atingido. Eis alguns: lavar várias vezes o local ; se for um terreno, revolvê-lo; usar um bastão de enxofre como aspirador de emanações nocivas dá bons resultados em locais afetados, assim como a aplicação de um ímã forte que embaralha a onda presente.

Impregnação

Podemos chamar também de contaminação energética. Seria uma espécie nociva de remanência, onde a impregnação energética não diminui com o tempo.

Ela pode ocorrer com os mais diversos objetos, instrumentos e situações próprias à prática radiestésica. Os pêndulos podem se impregnar da energia das pessoas e dos testemunhos utilizados; os testemunhos empilhados a esmo sobre uma mesa permutam energias entre si, como cartas de tarô, cristais, vidros de remédios e outros objetos. 

Um bom método de trabalho e organização, por parte do radiestesista, impedirão boa parte deste tipo de ocorrências. Os pêndulos de cristal são particularmente suscetíveis à impregnação; podemos atribuir este fato à faculdade de programação tão conhecida dos cristais, e por isso eu sempre indico o uso de pêndulos de madeira com peso de chumbo. Porém em minha experiência pêndulos com uma boa forma feitos de cristais são melhores para captar energias do plano espiritual.

Desimpregnação

Método usado para tirar uma energia persistente em um equipamento radiestésico. Se por qualquer motivo acontecer uma impregnação, use as técnicas relativas à prática do magnetismo: fortes sacudimentos, contato com o solo; isto é válido para o radiestesista e para os instrumentos. Esfregar energicamente as mãos ajuda a tirar as ondas impregnadas. Se a sua mesa de trabalho está com impregnação passe um saquinho de pano com enxofre. Eu também indico ter a mão sempre um bastão de selenita para fazer essa limpeza.

Conveção mental.

Forma de captação na qual o equipamento se utiliza do poder de captação do operador, que por sua vez, transmite a mensagem ao equipamento com movimentos sutis alterando o seu movimento. Em tese seria o melhor método de captação dentro da radiestesia. 

Teoria: o inconsciente consegue captar todas as coisas a sua volta, e por isso ele seria a melhor fonte de informações que o operador possui. 

Falhas: A quantidade de intermediários entre o inconsciente e o equipamento radiestésico é suficiente para alterar a medida caso o operador não seja imparcial no processo. 

Daí vem a necessidade de um equipamento misto onde ele também vai sofrer outra interferência de caráter mais físico. E por isso eu sempre indico para meus alunos que querem trabalhar com o pêndulo um treinamento básico para atingir maior confiabilidade em suas medições. 

Convenção física.

Forma de captação na qual o equipamento depende apenas das vibrações emitidas pelo testemunho em questão. 

Falhas: Possibilidade do equipamento captar mais de uma onda, já que não existe um direcionamento da intenção do operador. 

Resumo e conclusão:

Pêndulos são muito bons para medição, pois são equipamentos mistos. Eles necessitam de um treinamento do operador para não influenciar na medição que ele irá fazer. Radiestesia é complexa, mas muito prática quanto ao seu uso, é uma questão de estudar e compreender o seu funcionamento.

Esse artigo ficou maior do que eu esperava(mentira, eu já sabia que ia ser assim, ou não, vocês nunca saberão!!), e por isso separei o estudo de pêndulos em algumas lições. 

Espero que tenham compreendido, qualquer dúvida comentem aqui no artigo ou na página da Mahou no facebook. 

No próximo artigo sobre pêndulos eu vou falar como utilizá-lo e passar alguns exercícios para  trabalhar com ele. Se ficar curioso sobre métodos por favor me procurar nos grupos de estudo e discussão da Mahou Tatsu Ryu.

Meu sete de Pêndulos - Eu sempre digo para ter mais de um tipo de pêndulos
para assim poder captar todo tipo de onda e realizar todo tipo de pesquisa que apareça.

Bibliografia:

Rodrigues, António, Radiestesia Clássica e Cabalística -São Paulo, Fábrica de Letras, 2000

Rodrigues, António, Radiestesia Clássica e Ilustrada - São Paulo, Fábrica de Letras, 2003

Conway, D. J, Pêndulos: magia e ritual, Tradução de Cláudia Gerpe Duarte; Revisão técnica de Neif Naiff- Rio de Janeiro, Record: Nova era 2004

Murakami, Marcos, O grande livro do Feng Shui, sabedoria & técnica tradicional, Fábrica das Letras, 2006